Amizade entre irmãos: uma construção impossível?

Amizade entre irmãos: uma construção impossível?

Quando vejo o relacionamento entre meus filhos, meu coração se enche de alegria. Arthur e Sofia têm uma diferença de idade de 3 anos e quatro meses. Atualmente, Arthur tem 10 anos e Sofia tem 7.

Muitas pessoas me perguntam a fórmula mágica que eu uso para que eles se deem tão bem, e se frustram quando eu digo o que eu sempre digo:  as crianças são reflexos dos pais, o que elas veem em casa irão reproduzir com os outros (incluindo nós, os irmãos, avós, professores e amigos).

E lá vem ele, o exemplo de novo…

No meu entendimento funciona da seguinte forma, se eu tenho o hábito de gritar, falar palavrões e ser agressiva na minha comunicação, certamente meus filhos entenderão que esse é o comportamento normal e o reproduzirá.

Todavia, se eu me comunico de forma adequada, clara e pacífica porém firme, este será o padrão de comportamento das crianças. Não adianta eu exigir que eles não briguem se eu mesma brigo com eles.

Amizade entre irmãos: os exemplos e anti-exemplos da vida

Gosto de pensar que o dia a dia é um grande laboratório onde temos a oportunidade de colocar em prática o que aprendemos com os livros que lemos, palestras e cursos que fazemos e pessoas que conhecemos. Nem digo que aprendemos muito com os exemplos e mais ainda com os anti-exemplos.

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Na relação entre irmãos não é diferente. Acredito que o primeiro espelho que eles têm é a forma na qual meu marido e eu nos relacionamos e em seguida, como nos relacionamos com eles. Se eles veem respeito e cuidado, certamente reproduzirão isso.

Além do exemplo acredito muito em conversas claras e francas. Sempre explico para as crianças que somos uma equipe, cada um tem seu papel e que todos devem ser valorizados.

Ensino que em nossa casa os mais velhos cuidam dos mais jovens e que devemos sempre nos expressar com cordialidade e educação. E sempre reforço aquela regrinha básica de convivência: “ Não faça com os outros aquilo que você não gostaria que fizessem com você.”

Percebi que é importante ensinar estas coisas de forma clara e assertiva até que eles aprendam.
Hoje em dia, observo que eles já assimilaram esta forma de se comportar, preciso fazer uma ou outra interferência esporadicamente.

É na infância que plantamos as sementes…

Arthur e Sofia raramente se desentendem e quando isso acontece, eles conversam, se desculpam e se abraçam. Gosto de vê-los brincando juntos e estudando juntos. Além de irmãos eles são amigos (e muitas vezes parceiros na bagunça rsrs).  Arthur zela muito pela irmã, que é mais nova, e esta por sua vez, respeita e admira enormemente o irmão.

Fico muito feliz quando observo que esta postura de cordialidade e respeito se estende para além da família em pequenos gestos como, um “obrigado”, “com licença” e “por favor”. Infelizmente vejo que estes princípios que aprendi como fundamentais não têm tido o devido valor e espaço nas famílias atuais.

Tenho a total convicção que este tipo de coisa é aprendida em casa com muito exemplo e conversa e não deve de forma alguma ser delegada para a escola.

Como minha avó já dizia, educação vem de berço!

Você concorda?

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