Reflexões da maternidade: alimentação saudável e seus tabus

Reflexões da maternidade: alimentação saudável e seus tabus

Quem me conhece sabe o quando eu dou valor para uma alimentação saudável. Para mim, comer bem vai muito além de fazer dieta e ter um corpo legal.

Quando eu entendi que mudar só dependia de mim

Durante as duas gravidezes, engordei muito e senti na pele as consequências de estar acima do peso. Além da autoestima ir lá no chão, estava cansada, deprimida. Parecia que meu corpo gritava por socorro.

Decidir mudar de hábitos não é fácil, nós somos nosso maior oponente. Mas também podemos nos tornar nosso maior aliado. Afinal de contas, nós que decidimos o que comemos, não é?
Na medida em que as crianças foram crescendo fui fortalecendo em mim essas ideias e transmitindo para eles essa forma de pensar.

Já na introdução alimentar, procurei apresentar a elas uma farta gama de frutas, legumes, vegetais e carnes. Aqueles alimentos que eles rejeitavam, eu buscava mudar a preparação ou misturar com outros alimentos que eles já gostavam. Mas eu sempre insistia muito para que eles provassem e comessem todos os alimentos que eu propunha.

Leia também:
Desafio de mãe expatriada: alimentação saudável em Hong Kong

Conversar é importante, mas o exemplo vale muito mais

Quando eles estavam maiores, já conversava sobre a importância de se ter uma alimentação saudável e que se você se alimenta bem tem menos chances de ficar doente.

Além disso tudo, o exemplo tem papel fundamental na consolidação de bons hábitos. Não adianta eu oferecer alimentos de boa qualidade nutricional, falar sobre ter bons hábitos e me entupir de fast food e refrigerante.

Uma vez, a pediatra das crianças disse: “quem compra os alimentos na sua casa? Você ou seu filho? Sua criança só vai comer o que tem em casa, ele não vai pegar o carro e ir no mercado comprar biscoito e refrigerante.”
Portanto, se eu tenho hábitos saudáveis, como de forma adequada e ofereço aos meus filhos comida de verdade, eles comerem bem será uma consequência do processo.

É fundamental ficar claro para a criança quem dá as cartas em casa

Eu já ouvi algumas pessoas dizerem que a criança não come nada além de biscoito, cereal matinal e refrigerante. Pois eu lhe digo, experimente ter pulso firme e dizer que você não irá comprar essas coisas. Certamente a criança irá espernear no início, mas depois se acostumará com o novo padrão alimentar e no futuro, vai te agradecer.

Não é raro vermos adultos com um paladar totalmente infantil, só consomem produtos altamente açucarados, não experimentam novos alimentos e rejeitam totalmente sabores como o amargo e o azedo. Se os pais não procurarem mudar esses hábitos, acredito que seja bem difícil instituir com as crianças outro ritmo na alimentação.

Como eu conduzo a alimentação em minha casa

Nós temos uma regra em casa, o prato deve ter cinco cores e devemos comer pelo menos 3 frutas diferentes todos os dias. Antes não era fácil, mas hoje em dia meu coração se enche de orgulho quando as crianças estão na casa de alguém e preferem uma maçã a um biscoito.

Não me considero radical, quando vamos a uma festa, ou visitamos amigos, eles comem o que é oferecido. Procuro conversar e fazê-los entender por que não temos determinados alimentos em nossa casa.

Acredito que a construção dos hábitos é feita no dia a dia e que a informação (na idade em que eles estão) vale muito mais do que simplesmente proibir.

Como você conduz essa questão em sua casa?

Como eu já comentei, não sou médica, psicóloga ou pedagoga. Sou apenas mãe. Essa forma de educar e orientar tem funcionado para mim e minha família.

Leia também:

Comente

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *