Viagem em família: balanço das férias de verão no Brasil

Viagem em família: balanço das férias de verão no Brasil

É impressionante como o tempo passa rápido. Quando percebi que já faz um mês que chegamos das férias de verão, tomei um susto.
Neste post vou contar para vocês como foi a minha experiência de passar quase 50 dias no Brasil e a experiência que ganhei nesta segunda viagem atravessando o mundo com duas crianças.

Viagem com crianças: como foi atravessar o mundo sozinha, com meus dois filhos

Em função do trabalho do Daniel, meu marido, dificilmente a gente consegue combinar que nós quatro façamos o trajeto de ida e volta para o Brasil juntos. Atravessar o mundo sozinha, com duas crianças, nunca é tarefa fácil. Entretanto, confesso que desta vez ainda foi mais fácil que a primeira (julho de 2018). O fator de maior desgaste para nós é o percurso em si, uma vez que os trechos são extremamente longos. Mas a gente vai aprendendo, as crianças vão crescendo e as coisas vão ficando mais fáceis.
Eu sempre busco abastecer as malas de mão com roupas extras, brinquedos, jogos, livros e lanchinhos saudáveis.
Aqui no blog tem um texto onde eu conto as minhas preparações para essas viagens.

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Chegando no Brasil

Chegar em nossa terra natal é sempre incrível. Este ano, fiz uma coisa diferente e que para nós funcionou muito bem. Chegamos em São Paulo e dormimos em um hotel antes de seguir para Belo Horizonte. Foi uma experiencia muito boa pois pudemos descansar um pouco antes de encontrar nossos familiares.
Viajar por tanto tempo deixa todo mundo desgastado e, muitas vezes, sem paciência. Para as crianças também foi muito importante esta pausa. Depois de tanto tempo em trânsito, ao chegarmos no hotel tivemos aquela sensação de alívio indescritível. Acordamos todos bem, tomamos um café da manhã reforçado e seguimos viagem animados e com grande expectativa de ter um dia agradável.

Revendo a família

Sem sombra de dúvidas aquele momento em que saímos da sala de desembarque e nos encontramos com a família toda reunida, para mim é o mais significativo e emocionante de todos. É nessas horas que eu penso, “sim, vale a pena enfrentar aquelas 27 horas, conexões e imigrações internacionais!”. Teve muito abraço, pulos de alegria e até ameças de choro. Os primos do Arthur e da Sofia foram também nos buscar no aeroporto e ver os pequeninos tão felizes encheu meu coração de alegria.

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Como as crianças se comportam durante a viagem para o Brasil

Confesso que tive experiências diferentes nas minhas duas visitas ao Brasil depois que me mudei para Hong Kong.
No ano passado, 2018, senti que quando chegamos, as crianças ficaram um pouco tímidas e, principalmente a Sofia, inseguras com o português.
Arthur não entendia o que os coleguinhas da ex-escola falavam e achou estranhíssimo este nosso hábito de cumprimentar com beijos e abraços. Por aqui essas demonstrações de afeto não são muito comuns. A Sofia ficou escondida atrás de mim e não abriu a boca por quase duas semanas.
Já neste ano, em 2019, eles estavam muito mais familiarizados. Conseguiram se comunicar com muito mais facilidade, se adaptaram bem aos costumes do Brasil. Resumindo, este ano foi só curtição, zero stress.

Como eu me senti

No ano passado, confesso que não estava muito a fim de ir para o Brasil, fui mais porque o Daniel achou que seria importante rever a família, tanto para as crianças quanto para nós.
Para mim, a experiência foi tão positiva, que fui a primeira a levantar a possibilidade de irmos novamente em 2019 e, neste momento, já estou me organizando para as próximas férias.
Eu nunca tinha saído de Belo Horizonte, nasci e fui criada por lá; só saí para morar em Hong Kong.
E só morando fora é que percebi o quanto sinto falta de coisas simples cotidianas e que aparentemente não dava valor: aquele café da manhã preguiçoso com a família, levar as crianças em lugares que eu ia quando eu era criança e mostrar a eles um pouco do que foi a minha infância, estar 100% confortável com o idioma, rever amigos de uma vida inteira, rir, me emocionar, e ter aquela sensação gostosa das conversas e encontros com a família e as amizades de longa data. Essas coisas não têm preço.
Tudo isso para mim é extremamente valioso.
Não tenho vontade de voltar a morar no Brasil; atualmente minha casa é a ásia. Mas ter este contato estreito com as minhas origens é muito importante e significativo.

Café da manhã na casa da vovó Sônia, viagem ao Brasil
Café da manhã na casa da vovó Sônia

Como é voltar para casa

Chega uma hora que dá saudade de casa e da rotina. Eu percebo claramente quando essa hora chega. É um sentimento dúbio, porque dá vontade de estender as férias, mas também de voltar para a minha realidade.
Para mim, o que é difícil é a despedida, a hora do embarque, para ser mais específica. Depois, já entro no piloto automático para estar bem para as crianças e cuidar das questões práticas da viagem.
Quando chego em casa, o aspecto mais desafiador é o cansaço e o jetlag. Este ano, já cheguei em casa e mudei de apartamento! Altas emoções! Esta parte eu conto num próximo post!

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