Vida de expatriado: moradia em Hong Kong

Vida de expatriado: moradia em Hong Kong

Uma das coisas que mais me chama a atenção em Hong Kong é a diferença das estruturas de moradia por aqui. Quando me mudei para cá, tive um baque e precisei me readaptar, hoje em dia acho que consegui quebrar um paradigma e aprendi a viver com menos espaço.

Custo de moradia em Hong Kong

De acordo com uma pesquisa divulgada pela revista Forbes, em 2018, Hong Kong possui o metro quadrado mais caro do mundo. Isso mesmo, pagamos mais caro para morar aqui do que do que para morar em Nova York, Mônaco ou na Inglaterra.

Veja a matéria da Forbes: clique aqui.

Isso acontece devido a procura e demanda. Dizendo a grosso modo, muita gente quer morar aqui, mas não há espaço suficiente. Segundo dados oficiais, a ilha de Hong Kong é a quarta do mundo em termos de densidade demográfica. São mais de 7 milhões de habitantes espalhados em 1.100 quilômetros quadrados.
Outro fator importante é o fato de estarmos cercados de água e montanhas. Então, não tem muito mais espaço para crescer. Costumamos dizer que só quem é muito bem de vida é capaz de morar numa casa aqui.

Os custos de aluguel também são altos, em média $3.000 USD por mês para morar em um apartamento que não chega a 100 metros quadrados. Vale lembrar que a vaga garagem não está inclusa neste valor. Se você tem carro vai ter de desembolsar mensalmente mais uns $ 300,00 USD por carro.
Estes valores são baseados na minha região, Tung Chung que é periferia, bem longe do centro e região nobre. Para esses lados é bem mais caro.

Brincamos que preferimos morar no interior para poder ter casa grande. Se comparar com os espaços disponíveis no Brasil dá até tristeza rsrs.

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Quais são as maiores diferenças entre moradias em Hong Kong

Quando cheguei aqui, a primeira coisa que me chamou a atenção foi a altura dos prédios. No meu condomínio são 13 prédios, cada um com 60 ou 65 andares e 8 apartamentos por andar.
Isso só o meu condomínio. Existem mais uns 10 com uma estrutura similar.
Salvo algumas pequenas diferenças, os apartamentos em geral possuem dois ou três quartos com um banheiro social, suíte, cozinha e uma sala para dois ambientes. Plantas maiores possuem um minúsculo quartinho que pode ser uma despensa ou dependência de empregada.

Em relação a estrutura externa dos condomínios não conheço nenhum no Brasil que sirva de comparação. São piscinas internas e externas, academia, playground para as crianças, quadras de tênis, vôlei de praia, sala de estudo, biblioteca, sala de piano, salões de festa, de karaoke e um
clubhouse que disponibiliza desde aulas de yoga até ballet. Tudo isso disponível para moradores ou convidados a preços absolutamente acessíveis.

Alguns condomínios também oferecem um translado do prédio até a estação de metro mais próxima.
Outro ponto interessantíssimo é que, próximo a cada um destes condomínios, há uma estrutura com supermercado, farmácia, clínica médica e pequenos comércios. Tudo é muito perto e acessível, não é como em alguns locais do Brasil, onde é importante ter carro para sobreviver.

Moradia em Hong Kong: como alugar um apartamento

O trâmite para alugar um apartamento por aqui é basicamente como no Brasil. As diferenças são: não existe fiança ou fiador. Ou seja, é necessário o pagamento de dois meses de aluguel que ficam com o proprietário durante o seu contrato. No término do contrato é possível reaver este valor.

A comissão do corretor de imóveis é paga de uma vez e o valor é dividido entre as partes (a comissão é o valor referente a um mês do aluguel acordado).

Via de regra cada contrato de aluguel tem a vigência de dois anos (sem reajuste de valor no primeiro ano).
É interessante observar que como a rotatividade de inquilinos é muito alta e a manutenção do imóvel é muito cara para os proprietários, não é raro vermos apartamentos em péssimo estado de conservação. É bem incomum um senhorio que invista na manutenção do seu imóvel.

Sobre a minha mudança de paradigma

Quando cheguei aqui, achei que não me acostumaria com uma casa tão pequena. Mas, com o passar do tempo, percebi que apesar do pouco espaço das moradias, os condomínios possuem uma área de lazer muito ampla.
Aprendi então a ficar mais tempo fora de casa, principalmente com as crianças.

São inúmeras opções de lazer gratuitas ou incrivelmente acessíveis. Percebo que podemos ser mais livres e desfrutar mais de atividades ao ar livre. Então, por que não aproveitar?

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