Dia do Trabalhador: quem é você além do que faz?

O que celebramos no 1º de Maio?
O 1º de Maio, o Dia Internacional do Trabalhador, marca uma conquista histórica das lutas operárias: a busca por jornadas mais humanas, condições dignas e o reconhecimento da dignidade do trabalho. Mas para além da história, esse feriado carrega uma pergunta essencial: qual é a nossa relação com o trabalho — e o quanto ele define quem somos?
O trabalho define sua identidade?
Vivemos em uma cultura onde a pergunta “Quem é você?” é quase sempre respondida com “Sou advogada”, “Sou mãe”, “Sou empresário”. Raramente falamos sobre nossa essência, valores ou paixões. Isso mostra como tendemos a nos identificar com o que fazemos — e não com quem verdadeiramente somos.
Essa associação pode ser positiva quando o trabalho expressa nosso propósito. Mas também pode ser limitante e gerar sofrimento, especialmente quando há mudanças, rupturas ou insatisfações na vida profissional.
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O olhar da psicanálise sobre o trabalho e o desejo
Na psicanálise, o trabalho é uma das formas de realização do desejo. Freud já dizia que amar e trabalhar são os dois pilares de uma vida saudável. Mas o excesso de identificação com o papel profissional pode nos desconectar de quem somos em essência.
Quando trabalhamos apenas por obrigação ou como forma de validação externa, nos distanciamos do que nos move de forma genuína. E isso pode gerar angústia, ansiedade, frustração e até adoecimento emocional.
Ikigai: seu propósito está além da função
A filosofia japonesa do ikigai (生き甲斐) pode nos ajudar a ampliar essa visão. O conceito propõe uma integração entre:
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O que você ama fazer
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O que você faz bem
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O que o mundo precisa
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O que pode gerar renda
Encontrar seu ikigai é descobrir uma razão para viver que vai além do salário ou da obrigação. É alinhar trabalho com propósito, talento com prazer, contribuição com realização. Isso é essencial para manter a saúde mental e viver com mais sentido.
Saiba mais sobre o ikigai AQUI
Quem é você quando não está exercendo nenhum papel?
Essa pergunta pode parecer desconfortável, mas é poderosa. Se você não pudesse mais dizer sua profissão, sua formação ou os papéis que ocupa (mãe, esposa, empreendedora…), o que ainda restaria para dizer sobre você?
Resgatar sua identidade autêntica é um passo essencial para viver com mais equilíbrio. E isso impacta diretamente sua saúde emocional, sua produtividade e seus relacionamentos.
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Neste Dia do Trabalhador, um convite à reflexão
Hoje, aproveite esse momento para desacelerar e se perguntar:
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Quem sou eu para além do que faço?
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Meu trabalho expressa meu propósito ou apenas paga as contas?
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O que posso fazer para me reconectar com minha essência?
Talvez, nessa busca, você descubra que viver com propósito é mais do que trabalhar duro — é trabalhar conectado a quem você verdadeiramente é.
💡 Dica prática:
Escreva 5 frases que comecem com “Eu sou…” e que não envolvam profissão, função ou vínculos familiares. Veja o que surge — você pode se surpreender com o que está adormecido aí dentro.
Conclusão
O 1º de Maio é uma data para celebrar, sim, mas também para refletir. A sua identidade é muito maior do que um cargo. Ao resgatar seu propósito, você cuida da sua saúde mental, fortalece sua autoestima e vive com mais leveza e verdade.
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