As Ordens da Ajuda: Um Olhar Sistêmico sobre a Produtividade

As Ordens da Ajuda: Um Olhar Sistêmico sobre a Produtividade

As ordens da ajuda são um conceito desenvolvido pelo terapeuta familiar Bert Hellinger que busca compreender a dinâmica das relações de ajuda e as diferentes formas de oferecer suporte a alguém.

Essa abordagem, baseada na teoria das constelações familiares, nos convida a olhar para as relações humanas de forma mais profunda e sistêmica.

Origens e Conceito

Hellinger, ao longo de sua trajetória, observou que a forma como oferecemos ajuda pode tanto auxiliar quanto prejudicar quem busca apoio. Ele identificou padrões recorrentes nas relações de ajuda e os denominou “ordens”.

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Essas ordens não são regras rígidas, mas sim princípios que, quando compreendidos, podem orientar nossas ações de forma mais eficaz.

As ordens da ajuda nos convidam a:

  • Respeitar a hierarquia: Cada membro de uma família ou sistema tem seu lugar e sua função. Ajudar alguém a se colocar acima de outro membro da família ou a negar a hierarquia natural pode gerar desequilíbrios.
  • Reconhecer a pertença: Todos pertencem a um sistema familiar e estão conectados aos seus membros, vivos ou falecidos. Ignorar essa conexão pode gerar sofrimento e dificuldades.
  • Dar a cada um o seu lugar: Cada pessoa tem suas próprias necessidades e desafios. Ajudar alguém significa oferecer o apoio necessário, mas sem tirar a responsabilidade de suas próprias escolhas.

As Ordens da Ajuda e a Produtividade: Uma Visão Sistêmica

A produtividade, quando vista sob a ótica do pensamento sistêmico, vai além da simples execução de tarefas. Ela envolve a compreensão das interconexões entre diferentes áreas da vida, como trabalho, relacionamentos, saúde e bem-estar.

Ao aplicar as ordens da ajuda à produtividade, podemos identificar diferentes níveis de intervenção:

  1. Ajudar a pessoa a fazer: Nessa ordem, o foco está em realizar a tarefa pela pessoa. É a abordagem mais direta, mas que pode gerar dependência e limitar o desenvolvimento da autonomia. Além de sobrecarregar a sua própria rotina.
  2. Ajudar a pessoa a aprender a fazer: Aqui, o objetivo é ensinar a pessoa a realizar a tarefa por si mesma, transferindo conhecimento e habilidades. Essa ordem promove o aprendizado e o empoderamento. É neste contexto que entra a ideia de delegação.
    Delegar significa dedicar tempo e energia para treinar o indivíduo e acompanhar o processo. Lembre-se, delegar não é “delargar”.
  3. Ajudar a pessoa a querer fazer: Nessa ordem mais profunda, o foco está em motivar e inspirar a pessoa a agir por conta própria, alinhando a tarefa com seus valores e objetivos. É a ordem que mais potencializa a mudança duradoura.

A Visão Sistêmica e a Produtividade

A visão sistêmica nos permite perceber que a produtividade não é um fim em si mesma, mas um meio para alcançar um objetivo maior. Ao considerar as diferentes ordens da ajuda, podemos oferecer um apoio mais eficaz e personalizado, levando em conta as necessidades e os contextos de cada indivíduo.

Em resumo:

  • As ordens da ajuda nos ajudam a entender as dinâmicas das relações de ajuda e a escolher a abordagem mais adequada para cada situação.
  • A visão sistêmica nos permite enxergar a produtividade como um sistema complexo, interligado com outras áreas da vida.
  • Ao combinar as ordens da ajuda com a visão sistêmica, podemos promover um desenvolvimento mais holístico e sustentável da produtividade.

Ao aplicar esses conceitos em nosso cotidiano, seja no ambiente de trabalho, nos relacionamentos pessoais ou em nossos próprios projetos, podemos construir uma vida mais leve, produtiva e feliz!

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Um beijo e até a próxima!

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